http://thumbs.dreamstime.com/thumb_357/1232768020YJ89K4.jpg





domingo, 28 de junho de 2009

SAUDADE


Sinto saudade de algo que nunca tive...
Não sei como explicar...
Você faz falta!

Te amo!

"Também temos saudade do que não existiu, e dói bastante."

Carlos Drummond de Andrade


terça-feira, 23 de junho de 2009

Porque não?

“Você vê coisas e pergunta: Porquê? Mas eu sonho coisas que nunca existiram e pergunto: Porque não?”

George Bernard Shaw

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Te Espero!


Te espero,
na certeza dor da tua ausência.

Te anseio em minha louca sanidade.

Ultrapasso minhas angustias.

Sufoco verdades,
na esperança que o amor não morre,
se cala.

Fica em silêncio na tua saudade....!

Te amo!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

domingo, 14 de junho de 2009

Presságio


O AMOR, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...


Fernando Pessoa


Quero você comigo... Te amo! Acredite!!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Tu és... tudo!

Tu és...
Tudo... tudo de mais maravilhoso!
Muitos seriam os adjetivos...


"Uma mulher bonita é aquela cuja inteira aparência é de tal beleza que não deixa possibilidades para admirar as partes isoladas."

Sêneca

segunda-feira, 8 de junho de 2009

DOR


A dor vem no limbo do escuro
Numa intensidade não liberta
Traz tormento bem seguro
Ao corpo que para ela desperta

É melancolia que não trás brisa
É dor de tanto castigo
Para uma vida, que bem ajuíza
Seu passado de tanto perigo

À dor, a claridade não chega
Vai num mau fim que se avizinha
E no escuro, deixa a vida cega

Tendo a morte, como final
P’ra um céu, onde se caminha
Livre de tanto sofrimento total


Fernando Ramos



sexta-feira, 5 de junho de 2009

Deixa...


Deixa...
Eu ouvir sua voz
Eu te sentir...
Mesmo que eu possa me iludir

Deixa...
Eu saber o que há em você
Desvendar seus mistérios
Arrancar esse seu jeito sério

Deixa...
Eu conhecer você
Seu olhar encontrar o meu
Sentir teu cheiro
Enquanto eu toco o corpo teu

Deixa...
Eu falar dos meus desejos
Me de ao menos uma chance
Para poder te dizer dos meus anseios
Fazendo com que meu coração te alcance
Afastando de ti todos seus medos...

Deixa...

Autor desconhecido


quinta-feira, 4 de junho de 2009

Ode para o futuro



Falareis de nós como de um sonho.

Crepúsculo dourado.

Frases calmas.

Gestos vagarosos.

Música suave.

Pensamento arguto.

Subtis sorrisos.

Paisagens deslizando na distância.

Éramos livres.

Amávamos serena e docemente.

Uma angústia delida,
melancólica,
sobre ela sonhareis.

E as tempestades,
as desordens,
gritos,
violência,
escárnio,
confusão odienta,
primaveras morrendo ignoradas
nas encostas vizinhas,
as prisões,
as mortes,
o amor vendido,
as lágrimas e as lutas,
o desespero da vida que nos roubam
apenas uma angústia melancólica,
sobre a qual sonhareis a idade de oiro.

E, em segredo, saudosos, enlevados,
falareis de nós - de nós! - como de um sonho.



Jorge de Sena, in 'Pedra Filosofal'


quarta-feira, 3 de junho de 2009

O Amor


O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar pra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar..


Autor desconhecido


Que encanto é o teu?



Amo-te muito, meu amor, e tanto
que, ao ter-te, amo-te mais, e mais ainda
depois de ter-te, meu amor. Não finda
com o próprio amor o amor do teu encanto.

Que encanto é o teu? Se continua enquanto
sofro a traição dos que, viscosos, prendem,
por uma paz da guerra a que se vendem,
a pura liberdade do meu canto,

um cântico da terra e do seu povo,
nesta invenção da humanidade inteira
que a cada instante há que inventar de novo,

tão quase é coisa ou sucessão que passa...
Que encanto é o teu? Deitado à tua beira,
sei que se rasga, eterno, o véu da Graça.

Jorge de Sena, in 'As Evidências'



terça-feira, 2 de junho de 2009

É preciso procurar uma só coisa para encontrar muitas...


Desaparecido o fervor de uma monomania, falta uma ideia central para dar significado aos momentos interiores esparsos. Em suma, quanto mais o espírito está absorvido por um humor dominante, mais a paisagem interior se enriquece e varia. É preciso procurar uma só coisa, para encontrar muitas.

Cesare Pavese, in 'O Ofício de Viver'

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Apenas um pensar


Tenho pensado em uma fuga,
caso tudo de errado eu fujo desse lugar
Tenho pensado em como tudo é,
em como tudo foi,
e em como pode ser
Eu só tenho pensado,
talvez errado por não estar agindo
Por não estar sendo útil aos olhos
daqueles que me vigiam.
Eu tenho pensado,
pensado até nos próprios pensamentos
Que talvez existão numa mediocridade,
uma mediocridade que eu mesmo criei
Ou não seja tão mediocre assim,
tendo sentido essa tal realidade que vivo.
Mas eu não sei de nada,
eu só sei que tenho pensado
E pensei até sobre o que penso,
se esse pensar é meu ou não me pertence.
Mas não pensei sobre o sentir,
percebo que preciso pensar o próprio pensar
Pois reina a dúvida,
reina no hoje,
dúvida causada pela incerteza da vida.
Assim eu penso,
penso o pensar,
sem mais e sem menos,
apenas penso
Não tendo pra onde fujir
eu fico em mim,
e fico assim,
em apenas um pensar.
Autor desconhecido