terça-feira, 25 de agosto de 2009
Onde está o que sonho?
Antigamente acordava sem sensação nenhuma; acordava.
Tenho alegria e pena porque perco o que sonho
E posso estar na realidade onde está o que sonho.
Não sei o que hei de fazer das minhas sensações.
Não sei o que hei de ser comigo sozinho.
Quero que ela me diga qualquer cousa para eu acordar de novo."
domingo, 2 de agosto de 2009
quarta-feira, 29 de julho de 2009
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Único Olhar
Tem que compartilhar
Todas as emoções
E abrir o coração
Pra gente ser feliz
Ser feliz!!!"
quinta-feira, 23 de julho de 2009
terça-feira, 21 de julho de 2009
Desejo-te
não a tiro da mente
Sinto seu cheiro a todo instante
Sinto seu corpo quente
Desejo-te...
Um desejo inquieto
Que me consome
Uma vontade tão grande de estar perto...
Desejo-te...
Quero sentir o gosto de sua boca
Quero abraçar seu corpo
Sentir todo o seu calor
Quero-te por inteira
Quero enche-la de amor.
Te quero... Um desejo sem limites...
sexta-feira, 17 de julho de 2009
segunda-feira, 13 de julho de 2009
À Esperança Sem Vestígios
Bernardo Soares, in 'Livro do Desassossego'
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Infinitamente assim
"Mesmo quando não te vejo, é nisto que penso: és tão bonita.
Penso nelas e vejo-as muito claramente, mas não consigo dizê-las.
A beleza tornou-te inaudita.
Sorrio.
Olho para a estrada mas a pensar em ti.
O meu silêncio nomeia devagarinho a tua beleza.
Invoco-te de uma forma delicada. Invoco cada detalhe, cada
pormenor. Mas é da beleza por inteiro que o meu silêncio se ocupa.
Silêncio e beleza e pensamento, ocupam-se por inteiro.
Preenchem-se.
Mesmo calado, penso em ti e consigo ver-te.
Apesar de olhar para a frente, é para dentro que eu vejo.
Poderias ficar infinitamente assim: tu.
Até que um dia o esquecimento seja mais forte, eu vejo-te.
Os olhos, os lábios, a boca, a testa, o nariz, as mãos, o cabelo, o pescoço, a pele.
Tu.
Tu com o teu sorriso.
Até mesmo esse ar sério que fazes quando não olhas para mim.
Tu. Eu. Nós.
O mesmo instante.
A juventude é o chão sob os teus pés. E eu sempre a pensar
até quando não digo nada: és tão bonita.
Mesmo quando não acontece nada.
Até quando já não penso em ti."
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Ser céu, sol e estrelas
para que te pudesse olhar eternamente
Jorge Reis-Sá, in 'A Palavra no Cimo das Águas'
domingo, 28 de junho de 2009
terça-feira, 23 de junho de 2009
Porque não?
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Te Espero!
quarta-feira, 17 de junho de 2009
domingo, 14 de junho de 2009
Presságio
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...
Fernando Pessoa
Quero você comigo... Te amo! Acredite!!
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Tu és... tudo!
segunda-feira, 8 de junho de 2009
DOR
A dor vem no limbo do escuro
Numa intensidade não liberta
Traz tormento bem seguro
Ao corpo que para ela desperta
É melancolia que não trás brisa
É dor de tanto castigo
Para uma vida, que bem ajuíza
Seu passado de tanto perigo
À dor, a claridade não chega
Vai num mau fim que se avizinha
E no escuro, deixa a vida cega
Tendo a morte, como final
P’ra um céu, onde se caminha
Livre de tanto sofrimento total
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Deixa...
Eu te sentir...
Mesmo que eu possa me iludir
Deixa...
Eu saber o que há em você
Desvendar seus mistérios
Arrancar esse seu jeito sério
Deixa...
Eu conhecer você
Seu olhar encontrar o meu
Sentir teu cheiro
Enquanto eu toco o corpo teu
Deixa...
Eu falar dos meus desejos
Me de ao menos uma chance
Para poder te dizer dos meus anseios
Fazendo com que meu coração te alcance
Afastando de ti todos seus medos...
Deixa...
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Ode para o futuro
Crepúsculo dourado.
Gestos vagarosos.
Pensamento arguto.
Paisagens deslizando na distância.
Éramos livres.
Amávamos serena e docemente.
Uma angústia delida,
sobre ela sonhareis.
E as tempestades,
violência,
primaveras morrendo ignoradas
nas encostas vizinhas,
as mortes,
as lágrimas e as lutas,
o desespero da vida que nos roubam
apenas uma angústia melancólica,
sobre a qual sonhareis a idade de oiro.
E, em segredo, saudosos, enlevados,
falareis de nós - de nós! - como de um sonho.
Jorge de Sena, in 'Pedra Filosofal'
quarta-feira, 3 de junho de 2009
O Amor
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar pra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar..
Autor desconhecido
Que encanto é o teu?
que, ao ter-te, amo-te mais, e mais ainda
depois de ter-te, meu amor. Não finda
com o próprio amor o amor do teu encanto.
Que encanto é o teu? Se continua enquanto
sofro a traição dos que, viscosos, prendem,
por uma paz da guerra a que se vendem,
a pura liberdade do meu canto,
um cântico da terra e do seu povo,
nesta invenção da humanidade inteira
que a cada instante há que inventar de novo,
tão quase é coisa ou sucessão que passa...
Que encanto é o teu? Deitado à tua beira,
sei que se rasga, eterno, o véu da Graça.
terça-feira, 2 de junho de 2009
É preciso procurar uma só coisa para encontrar muitas...
Desaparecido o fervor de uma monomania, falta uma ideia central para dar significado aos momentos interiores esparsos. Em suma, quanto mais o espírito está absorvido por um humor dominante, mais a paisagem interior se enriquece e varia. É preciso procurar uma só coisa, para encontrar muitas.
Cesare Pavese, in 'O Ofício de Viver'